Páginas

quinta-feira, dezembro 01, 2016

Morre ator e encenador português Francisco Nicholson

O ator, dramaturgo e argumentista Francisco Nicholson morreu, aos 77 anos, disse à agência Lusa fonte da família.

 Francisco Nicholson morreu na terça-feira de manhã, 12 de abril. Ele estava internado no hospital Curry Cabral, devido a complicações resultantes de um transplante hepático a que fora submetido há uns anos.

Francisco Nicholson começou a fazer teatro aos 14 anos, no antigo Liceu Camões, sob direção do encenador e poeta António Manuel Couto Viana, a convite do qual veio a pertencer ao Grupo da Mocidade, que integrou com, entre outros, Rui Mendes, Morais e Castro, Catarina Avelar e Mário Pereira.

Nicholson estudou em Paris, frequentando a Academia Charles Dullin, do Théatre Nacional Populaire, privando com grandes nomes do teatro francês, como Jean Vilar, Georges Wilson, Gerard Philipe.

Apesar da sua primeira casa ter sido o teatro, o ator ficou conhecido através do seu trabalho na televisão. No pequeno ecrã, deu-se a conhecer em "Riso e Ritmo" (1964), programa em que, além de ator e produtor, foi autor. Nicholson dirigiu e produziu também vários programas como, por exemplo, "O Canto Alegre".

Com Thilo Krassman, Nuno Teixeira e Nicolau Breyner, Francisco Nicholson criou a primeira novela portuguesa, "Vila Faia".  "Origens" (1983), "Cinzas" (1992), "Os Lobos" (1998), "Ajuste de Contas"(2000), "Ganância" (2001) e "O Olhar da Serpente" (2002) foram outras das novelas criadas pelo ator, dramaturgo e argumentista.

"Bem-vindos a Beirais" foi o último trabalho do ator em televisão. Na série da RTP1, Francisco Nicholson vestiu a pele de Henrique,  viúvo que deseja vender sua exploração agrícola no campo para viver com a filha e os netos em Lisboa.

Além da televisão e do teatro, Nicholson também se destacou no mundo da música, ao escrever canções para António Calvário, Tony de Matos e Madalena Iglesias, por exemplo.
Em 2014, o ator editou o seu primeiro romance, “Os Mortos não Dão Autógrafos”, livro que dedicou à mulher, a bailarina e atriz Magda Cardoso. (FraM Martins \ Sapo.pt). 

Nenhum comentário: