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sexta-feira, março 10, 2006

Judy Garland: Talento, drogas e álcool




Frances Ethel Gumm, nome de batismo de Judy Garland, nasceu em Minnesota, junho de 1922, e tornou-se garota prodígio, começou aos 6 anos, participando de um grupo musical com suas irmãs (The gumm sisters). Estrelou alguns filmes com Mickey Rooney, quando começou a ser notada pelo público, mas o sucesso absoluto viria com O mágico de Oz. Iimpossível ouvir "Over the Rainbow" sem ligar com a imagem da Dorothy, a mocinha de olhos meio vesgos, que busca um espaço no mundo, e quer ser aceita como é. Com 17 anos estrelou O Mágico de Oz, recebendo um Oscar especial por seu trabalho. Foi nesse período que o estúdio anexou uma cláusula que ela não poderia engordar e tampouco perder a sua voz. Receitada pelos médicos do estúdio, começou a usar remédios para não engordar. Mesmo com 20 anos, os executivos do estúdio quiseram que ela continuasse a ser a mesma Dorothy, caso contrário perderia o contrato. Devido pressões do gênero por diversas vezes tentou o suicídio. Em 1948, uma mudança significativa em sua carreira, com o filme The Pirate, em que aparece mais feminina, aposentando a mocinha dos velhos tempos. As anfetaminas fornecidas pelo estúdio lhe traziam alucinações, mau humor e agressividade. provavelmenet, isso aliado ao seu casamento, afastou-se da mãe, a quem culpava de sua tristeza. Elas nunca mais voltaram a se falar. Com sua dependência de remédios, uma tendência para engordar e fama de difícil, acabou sendo demitida pela MGM o que afastou-lhe das telas. Nesse período ela dedica-se ä música e acaba ganhando 5 grammys. Seu refúgio foi na Inglaterra onde encontra um público bem cativo, que não a esqueceu. Seu retorno ao cinema foi com o filme "Nasce uma estrela", e acaba concorrendo ao Oscar de Melhor atriz, tendo sido derrotada por Grace Kelly.

Rosto sofrido aos 47 anos

Judy foi uma espécie de amostra do que a fama precoce e o excesso de trabalho podem fazer com uma pessoa: drogas e álcool desde cedo fizeram parte de sua vida. Drogas para dormir, drogas para acordar, drogas anti-depressão, álcool das festas tomando o espaço da vida privada. A própria vida, cheia de desilusões, a fizera se entregar aos barbitúricos. Em muitos momentos as filmagens eram interrompidas para que ela pudesse se recuperar. Aos 47 anos seu rosto já mostrava os efeitos agonizantes do excesso de extravagâncias que teve na vida. Cheia de dívidas, acabou morrendo de overdose, em 1969, em Londres. Como atriz já não trabalhava, mas ainda cantava. E como cantava. Dentre seus amigos que comparecem ao seu velório, estavam Mickey Rooney, Lauren Bacall, Cary Grant, June Alysson, Ray Bolgerm Katharine Hepburn, Sammy Davis Jr,, Dean Martin, Lana Turner, Fred Bartolomew, Jack Benny, Kay Thompson e Alan King. Frank Sinatra pagou o funeral e afirmou que ela era maior que todos eles juntos. Dos seus ex-maridos, apenas Mickey Deans e Sid Luft estavam presentes. O público também pode despedir-se de sua estrela, que foi enterrada no cemitério de Hartsdale, Condado de Westchester. Casou-se com David Rose - 1941 a 1943 - Vincent Minelli, 1945 - 1951. Ficou casada com Sydney Luft de 1951 a 1964, Mark Herron - 1964 a 1963 e Mickey Deans de 67 a 69. [Francisco Martins]

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