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terça-feira, agosto 01, 2006

Teatro Paramount: antigo


Localizado na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, o Cine-Teatro Paramount, é parte da história cultural de São Paulo. Inaugurado no ano de 1929, foi o primeiro cinema sonoro da América Latina. Em seu palco passavam estrelas internacionais de primeira grandeza, como Nat King Cole, Louis Armstrong e Maurice Chevalier.

Nos anos 60, abrigou os festivais de música brasileira da TV Record. Um dos piores momentos foi quando de seu incêndio, em 1969, que destruiu grande parte de suas instalações. Dez anos mais tarde fora reaberto e, sua platéia de quase 2.000 lugares, foi dividida em cinco pequenas salas de cinema e teatro. Veio a ser interditado temporariamente pelo Departamento de Controle e Uso de Imóveis [Contru ] em 1990, e, em 1996 ocorreu seu fechamento.

Os mexicanos na parada:

Os mexicanos donos da CIE, [Corporation Interamericana Entreteniemnto] resolveram recuperar o cinema juntamente com o Grupo Abril. Após dez meses de obras, a um custo de 10 milhões de reais, o transformaram no Teatro Abril em um espaço sob medida para a apresentação de musicais. A fachada e o saguão, tombados pelo Patrimônio Histórico, foram preservados. Todo o resto teve de ser demolido para receber as novas instalações. Musicais de clássicos da Broadway, em versões para a língua portuguesa, algumas vezes com qualidade outras nem tanto, como A Bela e a Fera, Les Miserables e O Fantasma da Ópera foram levados ao palco do antigo cine-teatro Paramount com 5.500 metros quadrados. A platéia tem capacidade para 1.560 espectadores e a visibilidade é total, seja qual for o lugar escolhido. O palco, mede 225 metros quadrados e 10 metros de altura.

História

Foi no palco do Paramount onde Edu Lobo e Capinam venceram o Festival da Record de 1967, com Ponteio. No mesmo ano, Sérgio Ricardo, vaiado enquanto tentava apresentar Beto Bom de Bola, quebrou o violão no palco e, aos gritos, atirou-o na platéia. "Foi uma das cenas mais marcantes da MPB", lembra o crítico e historiador musical Zuza Homem de Mello. Nesse mesmo palco, em 1968, Tom Zé levaria o primeiro lugar no festival com São São Paulo, Meu Amor. Parte dessa história foi destruída pelo fogo há mais de trinta anos. Mas agora ressurge, assim como o brilho dos tempos em que o Paramount servia de modelo para o resto do país.

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