Gillo Pontecorvo, cineasta italiano famoso pelo filme "A Batalha de Argel", um retrato realista da guerra da independência da Argélia, morreu em Roma aos 86 anos de idade.
De uma rica família judia de Pisa, Pontecorvo trabalhou em jornalismo antes de fazer suas primeiras obras nos anos 1950, e é visto como um dos maiores diretores de cinema da Itália apesar de ter rodado poucos filmes. Segundo a agência de notícias italiana Ansa, Pontecorvo morreu no hospital Gemelli, de Roma, na noite de quinta-feira, 12 de outubro.
"A Batalha de Argel", que foi co-redigida e dirigida por Pontecorvo em 1966, ganhou o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza e foi indicado para três Oscar: o de diretor, de roteiro e de filme de língua estrangeira. O filme foi feito em preto e branco, ao estilo documentário, e mostra a brutalidade de ambos os lados envolvidos na guerra de 1954 a 62, incluindo ataques a bomba contra civis lançados por militantes e a tortura realizada por militares franceses. O filme foi proibido na França por vários anos.
Em 2003, o Pentágono exibiu o filme para oficiais e especialistas civis que estudavam os desafios enfrentados pelo Exército dos EUA no Iraque, segundo divulgou o jornal The New York Times.
Após "A Batalha de Argel", Pontecorvo dirigiu Marlon Brando como um mercenário que instiga uma revolta de escravos em uma ilha caribenha no filme "Queimada".
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