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sexta-feira, outubro 19, 2007

Seu talento não superou o beijo


Deborah Kerr morreu nesta terça-feira - 16 de outubro de 2007, aos 86 anos, foi o que informou seu agente, em Londres.

A atriz britânica ficou conhecida por protagonziar ao lado de Burt Lancaster um dos beijos mais famosos do cinema no filme "A um passo da eternidade", de 1953. Ela que sofria há anos de Mal de Parkison, faleceu no Condado de Surrey, indicou a fonte.
Também conhecida por sua atuação em "O rei e eu", de 1956, Kerr recebeu seis indicações ao Oscar durante sua carreira, mas só foi premiada pela Academia em 1994, pelo conjunto da obra. Refinada e elegante, a atriz britânica Deborah Kerr, estrela de filmes como "A um passo da eternidade", em que protagonizou um dos beijos mais eróticos da história do cinema, morreu aos 86 anos, afirmou seu assessor nesta quinta-feira em Londres. A estrela de "O Rei e eu", "Chá e Simpatia" e "A Noite do Iguana", que há anos sofria com o Mal de Parkinson, morreu na terça-feira no condado de Surrey, na Inglaterra, afirmou seu assessor.

Nascida na Escócia em 30 de setembro de 1921, Deborah Jane Kerr-Trimmer protagonizou cerca de 50 filmes em seus 40 anos de carreira. Ela deixa duas filhas, três netos e o marido, o escritor Peter Viertel - autor do roteiro do famoso filme "A Rainha da África", que foi levado às telas por John Huston. Sua fama se deu aos 20 anos de idade, com seu papel no filme "Major Barbara" (1941), viveu muitos anos com Viertel numa pequena casa na Espanha e ainda na Suíça, por fim, se mudou para a Grã-Bretanha devido a sua doença. A atriz foi nomeada para o Oscar de melhor atriz em seis ocasiões, mas nunca chegou a ganhar a estatueta. A Academia de Cinema americana, no entanto, lhe concedeu em 1994 um Oscar honorário, saudando a "perfeição, a disciplina e a elegância" de seu trabalho nas telonas.

O beijo entre ela e Burt Lancaster numa praia do Hawaí, em que ambos rolam abraçados e molhados em "A um passo da eternidade", de Fred Zinnemann (1953), provocou sonhos eróticos em gerações inteiras de adolescentes. Kerr interpretava a esposa adúltera de um capitão, que mantinha um relacionamento com um sargento.A Academia de Cinema americana designou esta fita entre os cem filmes mais românticos da história do cinema, e a praia de Oahu, que foi batizada depois como Eternity Cove, em homenagem ao filme. O lugar se tornou um ponto de peregrinação, sendo visitado por turistas do mundo inteiro. Trabalhou em "As Minas do Rei Salomão" (1950), "Quo Vadis" (1951), "O Prisioneiro de Zenda" (1952), e em 1953 em "A um passo da eternidade".Depois do popularíssimo "O Rei e eu", com Yul Brynner (1956), se seguiu "Bom-dia, tristeza" (1957) e muitos outros mais, entre eles "Mesmo assim eu te amo" (1959) e "Cassino Royale" (1967).

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