Morre
ator Jorge Dória que estava afastado dos palcos e da TV desde 2005, após ter um AVC.
Carreira inclui mais de 80 participações em filmes, teatro e novelas.
RIO
DE JANEIRO (BRASIL) - Morreu, aos 92 anos, o ator Jorge Dória, na tarde desta
quarta-feira (6). Ele estava internado desde 27 de setembro, no Centro de
Terapia Intensiva do Hospital Barra D´Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do
Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, ele morreu após
complicações cardiorrespiratórias e renais. O corpo do ator será sepultado nesta
quinta-feira (7), no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio.
O
velório, na Capela 1, foi confirmado para a noite desta quarta-feira, de acordo
com a viúva do ator, Isabel Cristina Gasparin. Em 2005, Jorge Dória se afastou
dos palcos e da TV por problemas de saúde, decorrentes de um acidente vascular
cerebral. Seu último papel foi no humorístico “Zorra Total”, da TV Globo.
Início
nos anos 1940
Dória
iniciou sua carreira artística na década de 40. De acordo com o depoimento que
deu ao Memória Globo, em 2002, sua estreia no cinema foi no melodrama “Mãe”, de
1947, do radialista Teófilo Barros.
O
ator participou das novelas “Deus nos acuda”, “Era uma vez”, “Olho no olho”,
“Zazá” e “Suave veneno”. Por conta da fama de se dar bem em comédias, foi
convidado para participações especiais nos seriados “Sai de baixo” (1998) e “Os
normais” (2001), quando viveu o pai de Rui (Luiz Fernando Guimarães). No "Zorra
Total", interpretava Maurição, pai machista de Alfredinho (Lúcio Mauro Filho).
Seu bordão era “Mas onde foi que eu errei?”, em alusão ao fato de o filho se
vestir de mulher, chamá-lo de “papi” e usar gírias faladas por gays.
Teatro
e cinema
No
teatro, teve destaque em “Procura-se uma Rosa”, na década de 60. A peça era
escrita por Vinicius de Moraes, Pedro Bloch e Gláucio Gill, com direção de Léo
Jusi. Nos anos 70, ficou conhecido por produzir suas peças (como “Freud explica,
explica” e “O senhor é quem?”).
A
carreira no cinema foi além de sua estreia em 1947. No ano seguinte, trabalhou
em "Inconfidência mineira", dirigido por Carmen Santos. A filmografia de Dória
tem ainda longas como “O homem do ano” (2003), “Traição” (1998), “A dama do Cine
Shanghai” (1987), “Pedro Mico” (1985), “O sequestro” (1981), “Perdoa-me por me
traíres (1980), “Assim era a pornanchanchada” (1978), “As secretárias... que
fazem de tudo” (1975), entre outros. Em “A dama do lotação” (1978), viveu Dr.
Alexandre, sogro de Solange (Sônia Braga), casada com Carlos.
Fileto
Pires Ferreira, de 95 anos, é o único irmão vivo. Ele tinha uma outra irmã já
falecida. "Lamentamos muito. Deixa uma lembrança cheia de vida e inteligência",
disse Fileto. Ele lembrou da infância dos dois e da atuação do irmão no teatro.
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