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domingo, maio 11, 2014

Carmem Silva Maria Amália Feijó

Atriz de delicadas interpretações em teatro, cinema e televisão

Carmem Silva Maria Amália Feijó nasce em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 5 de abril de 1916. Torna-se atriz em 1939, na Rádio Cultura, emissora de sua cidade, e adota o nome artístico de Carmen Silva. No mesmo ano, viaja com a Companhia Iracema de Alencar com a peça Peg do Meu Coração, de John Hartley Manners. Transfere-se para Porto Alegre e trabalha em Romeu e Julieta e Otelo, de William Shakespeare, produções de Ribeiro Cancella, pai de seu futuro marido, o humorista e músico Cancellinha. No Paraná, atua na Companhia Totó. Em São Paulo, faz radionovelas na Tupi, América e Record. Além de representar, escreve programas femininos, humorísticos e infantis, entre os quais se destacam: Sequência Alegre e Nós, As Mulheres, este último estrelado por Nair Belo.

Em 1955 entra para a Companhia Dulcina de Moraes e inaugura o Teatro Guairinha (Curitiba) com a peça Vivendo em Pecado, de Terence Rattigan. Com Dulcina ainda aparece em O Imperador Galante, de Raimundo Magalhães Júnior e Chuva, de Somerset Maugham. Em 1957 segue com a Companhia Maria Della Costa para a Europa com os espetáculos Manequim, de Henrique Pongetti, O Canto da Cotovia, de Jean Anouilh, e Rosa Tatuada, de Tennessee Williams. A partir de 1961 integra o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), trabalhando em A Escada, de Jorge Andrade; Yerma, de Garcia Lorca; A Revolução dos Beatos, de Dias Gomes; e Os Ossos do Barão, de Jorge Andrade. Em diferentes períodos participa do grupo Teatro do Rio, de Ivan de Albuquerque e Rubens Corrêa. Volta a São Paulo em 1972, com a montagem de Em Família, de Oduvaldo Vianna Filho, sob a direção de Antunes Filho, contracenando com Paulo Autran. Em 1973 conquista o Prêmio Molière por seu desempenho em Mais Quero Asno que Me Carregue que Cavalo que Me Derrube, de Carlos Alberto Soffredini, com a direção de Elvira Gentil.

Cinema

Sua estreia no cinema aconteceu na Cinédia em 1935: 'Estudantes', de Wallace Downey, com Aurora Miranda e Mesquitinha. Em 1949 participa do último musical dirigido por Adhemar Gonzaga: Quase no Céu, ao lado de Walter D’Avila e Renata Fronzi. Em 1958 roda com Roberto Santos O Grande Momento, inspirado no neorrealismo italiano, um dos mais importantes filmes da década. Em 1974 faz Guerra Conjugal, com Joaquim Pedro de Andrade, baseado em contos de Dalton Trevisan, no qual contracena com Jofre Soares, ambos em desempenhos no fio da navalha. Recentemente participou de A festa de Margarette, de Renato Falcão, e Concerto Campestre, de Henrique de Freitas Lima, filmes realizados em 2002.

TV

Na televisão estreia em 1956, na TV Record, em Anos de Ternura. Em 1970 aparece em Pigmaleão 70, na TV Globo, ao lado de Tônia Carrero e Sérgio Cardoso. Em 1973 marca presença em delicada composição na novela Os Ossos do Barão, ao lado de Paulo Gracindo. Por toda a década é presença constante na TV, na qual se destaca: na TV Tupi, em A Viagem (1975) e na TV Bandeirantes, em O Ninho da Serpente (1982). Na novela Mulheres Apaixonadas, na TV Globo (2003), emociona o Brasil ao lado de Oswaldo Louzada, dando vida a um casal que se torna símbolo da luta pelos direitos dos idosos. Atriz faleceu em 21 de abril de 2008, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

MAIS: http://cinemetro.blogspot.com/2008/04/morre-aos-92-anos-atriz-carmem-silva.html

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