Em seu último filme Judy Garland brinda seus fãs com uma atuação irrepreensível em papel dramático
Não resta nenhuma dúvida de que "Na Glória, A Amargura" é um marco no cinema pois captura de forma extraordinária a grandeza, o magnetismo de Judy Garland, neste drama de alta sensibilidade. Garland interpreta a famosa cantora Jenny Bowman, que vai a Londres para uma aplaudida temporada. Ela aproveita a turnê para visitar o médico - interpretado magistralmente por Dick Bogard -, com quem ela teve um caso na época em que era um estudante aristocrata e ela uma pobre cantora em início de carreira.
Jenny quer acertar as contas com o médico e prestar contas de sua suposta irresponsabilidade na época da juventude ao filho. De seu romance com o estudante, nasceu um menino e ela não somente fora forçada a abrir mão do filho, mas também a fazer um juramento de que jamais o procuraria. Mas, o coração de mãe fala mais alto, e ela quer ser reconhecida como mãe, mesmo não tendo tempo para conciliar a carreira de artista e mãe.
Sem saber de trata-se de sua mãe, o cativante garoto fica encantado por Jenny Bowman, ainda mais quando recebe um convite para ir vê-la na abertura de sua turnê. A partir dai nasce uma completa empatia entre os dois. Tal empatia pode ser interrompida quando ele souber da verdade, da bombástica revelação de que fora abandonado anos a fio pela estrela.
Contrariando á promessa feita ao médico, Jenny rompe o silêncio e discutem em alta voz na sala de estar, e são observados pelo garoto que estuda em um colégio conservador. A partir dai, o fio condutor deste belo filme é o amor materno, o amor pela carreira. Um filme dramático e verdadeiro no melhor estilo do diretor Ronald Neame, e uma produção luxuosa de MGM. (Francisco Martins). (Fotos extraídas do filme).
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