Ela trabalhou com diretores como Michael Curtiz, Frank Borzage, mas por não dominar o idioma inglês teve sua carreira abreviada em Hollywood. Mas seu pioneirismo é exemplar.
Em uma época de glamour e gângsteres e de ambientes esfumaçados e neon em clubes noturnos, a barsileira Lia Torá, tornara-se pioneira no cinema e no automobilismo. Ela foi a primeira brasileira a filmar em Hollywood, a fundar uma companhia cinematográfica nos Estados Unidos da América [Brasilian Southern Cross Production] com sede no Tec-Art, da Actor Studio, também foi a primeira a escrever roteiros de filmes e seu pioneirismo continuou nas pistas pistas de corridas no país e no exterior. Tudo isso acontecia em um período de segregação feminina entre 1927 a 1931. Nascida no Fio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, aos 12 de maio de 1904, e batizada como Horácia Corrêa D'Ávila, filha de portugueses e espanhóis, tendo ela cursado dança na Academia de Dança, em Barcelona. Logo foi convidada a participar do corpo de dança da Companhia Revista Velasco, de fama mundial. Aos 18 anos retorna ao Brasil juntamente com a companhia para uma apresentação, onde conheceu o piloto de automóveis Júlio Moraes, herdeiro do Visconde de Moraes, imigrante português que conseguiu uma das maiores fortunas no País.
Apaixonaram-se e casaram contrariando os bons costumes da época pois Júlio era casado e pai de um menino, ela logo deu à luz aos gêmeos Mário Júlio e Júlio Mário. Mas tudo isso jamais fez com que ela deixasse de lado o sonho de ser uma estrela de cinema; e essa chance aconteceria no ano de 1927, ao participar de um concurso denominado "Beleza Fotogênica Feminina Varonil " , realizada pela Fox Film, na Espanha, Brasil e Itália, cuja intensão seria formar um par de atores que seriam contratados pelo estúdio norte-americano. Olhos verdes, rosto bem feito e muito fotogênica só poderia resultar sua aprovação. Dois anos depois já morando na Suíça ao lado de Moraes ela recebe telegrama da Fox Film comunicando sua aprovação em primeiro lugar, juntamente com o repórter Olympio Guilherme, que estaria no bairro da Urca - Rio de Janeiro, realizando a cobertura do concurso para um jornal paulistano. Em princípio seu marido não gostou da ideia dela trabalhar com o repórter e a proibiu de entrar para o cinema.
De Horácia à Lia
Em uma época de glamour e gângsteres e de ambientes esfumaçados e neon em clubes noturnos, a barsileira Lia Torá, tornara-se pioneira no cinema e no automobilismo. Ela foi a primeira brasileira a filmar em Hollywood, a fundar uma companhia cinematográfica nos Estados Unidos da América [Brasilian Southern Cross Production] com sede no Tec-Art, da Actor Studio, também foi a primeira a escrever roteiros de filmes e seu pioneirismo continuou nas pistas pistas de corridas no país e no exterior. Tudo isso acontecia em um período de segregação feminina entre 1927 a 1931. Nascida no Fio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, aos 12 de maio de 1904, e batizada como Horácia Corrêa D'Ávila, filha de portugueses e espanhóis, tendo ela cursado dança na Academia de Dança, em Barcelona. Logo foi convidada a participar do corpo de dança da Companhia Revista Velasco, de fama mundial. Aos 18 anos retorna ao Brasil juntamente com a companhia para uma apresentação, onde conheceu o piloto de automóveis Júlio Moraes, herdeiro do Visconde de Moraes, imigrante português que conseguiu uma das maiores fortunas no País.
Apaixonaram-se e casaram contrariando os bons costumes da época pois Júlio era casado e pai de um menino, ela logo deu à luz aos gêmeos Mário Júlio e Júlio Mário. Mas tudo isso jamais fez com que ela deixasse de lado o sonho de ser uma estrela de cinema; e essa chance aconteceria no ano de 1927, ao participar de um concurso denominado "Beleza Fotogênica Feminina Varonil " , realizada pela Fox Film, na Espanha, Brasil e Itália, cuja intensão seria formar um par de atores que seriam contratados pelo estúdio norte-americano. Olhos verdes, rosto bem feito e muito fotogênica só poderia resultar sua aprovação. Dois anos depois já morando na Suíça ao lado de Moraes ela recebe telegrama da Fox Film comunicando sua aprovação em primeiro lugar, juntamente com o repórter Olympio Guilherme, que estaria no bairro da Urca - Rio de Janeiro, realizando a cobertura do concurso para um jornal paulistano. Em princípio seu marido não gostou da ideia dela trabalhar com o repórter e a proibiu de entrar para o cinema.
De Horácia à Lia
Ao chegar em Hollywood adotaria o pseudônimo de Lia Torá. Em 1927 faria sua estréia na comédia "The Low Neck", um curta-metragem com direção de Walter MacDonald. O filme não foi exibido no Brasil. No ano seguinte interpretaria vários pequenos papéis em "Street Angels" [Anjos da Rua], de Franz Borzage e "Dry Martini", de Harra d'Abbadie d'Darrast. Somente em 1929 teve sua grande chance: estrelou 'The Veiled Woman' [A Mulher Enigma], escrito por ela e dirigido por Emmett Flynn. Apesar de ser um filme que poderia-se dizer água-com-açúcar, cujo enredo tratava-se de uma jovem filha de militar e pai gostaria que ela se casasse com um colega de farda. Ele morre antes do casamento e a menina entra em desespero tentando o suicídio; um rapaz a salva e passa a explorá-la mais tarde em uma rede de jogos ilegais e viria a assumir também a morte de seu noivo. Mas, há quem diga que o filme foi feito apenas para dar uma chance ao irmão de Errol Flynn, Emmett Flynn. Em 1930, ela e seu partner Olympio Guimarães participaram como MC -Mestres de Cerimônia, em "King of Jazz" de Michael Curtiz e Evidencia / Media Noche" de David Woward. Em 1931 trabalhou em "Don Juan Diplomático, de Arthur Gregor e Soñadores de la Glária, de Miguel Contreras Torres.
Idioma errado
Era época do cinema mudo e Hollywood se preparava para entrar na nova era, o cinema falado. Uma gama de estrelas, principalmente as que não dominavam a língua Inglesa estariam fadados ao ostracismo. Lia, dominava três idiomas: Espanhol, Português e o Francês; Inglês não era o seu forte. O resultado é que parte dos diretores e atores foram jogados ao ostracismo. E tudo isso coincidia com o rompimento do contrato da brasileira com a empresa norte-americana, Fox Film. Percebendo que seu espaço estaria reduzido a partir daquele momento Lia fundou sua própria companhia. O último filme de Lia em Hollywood foi "Hollywood Ciudad de Insueño" escrito e estrelado pelo chileno José Bohr. Este era o ponto final da carreira de Lia Torá, que voltaria a ser Horácia Moraes, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. A partir daí ela passaria a se dedicar as corridas automobilística, sua outra paixão. Chegou a correr e ficar conhecida no circuito da Gávea, RJ. Em 1971, um ano antes de morrer, participou por 48 segundos em uma produção de Brás Chediak, "As Confissões de Frei Abóbora". Pode-se dizer que sua carreira em Hollywood teve momentos ascendente. Até que provem contrário, ela foi legítima brasileira a fazer mais sucesso em Hollywood. Quanto ao marido de Lia, Júlio Moraes, faleceu em 25 de julho de 1956, aos 75 anos.[FM]
Idioma errado
Era época do cinema mudo e Hollywood se preparava para entrar na nova era, o cinema falado. Uma gama de estrelas, principalmente as que não dominavam a língua Inglesa estariam fadados ao ostracismo. Lia, dominava três idiomas: Espanhol, Português e o Francês; Inglês não era o seu forte. O resultado é que parte dos diretores e atores foram jogados ao ostracismo. E tudo isso coincidia com o rompimento do contrato da brasileira com a empresa norte-americana, Fox Film. Percebendo que seu espaço estaria reduzido a partir daquele momento Lia fundou sua própria companhia. O último filme de Lia em Hollywood foi "Hollywood Ciudad de Insueño" escrito e estrelado pelo chileno José Bohr. Este era o ponto final da carreira de Lia Torá, que voltaria a ser Horácia Moraes, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. A partir daí ela passaria a se dedicar as corridas automobilística, sua outra paixão. Chegou a correr e ficar conhecida no circuito da Gávea, RJ. Em 1971, um ano antes de morrer, participou por 48 segundos em uma produção de Brás Chediak, "As Confissões de Frei Abóbora". Pode-se dizer que sua carreira em Hollywood teve momentos ascendente. Até que provem contrário, ela foi legítima brasileira a fazer mais sucesso em Hollywood. Quanto ao marido de Lia, Júlio Moraes, faleceu em 25 de julho de 1956, aos 75 anos.[FM]
Um comentário:
Meu nome é Pedro Pantoja, sou Fotojornalista e estou realizando uma pesquiza sobre o marido de Lia Torá, Julio de Moraes, para fins pessoais já que Julio de Moraes foi padrinho de batismo de meu avô(hoje com 82 anos), estou tentando resgatar um pouco da história de minha família. Se caso alguém possuir alguma espécie de arquivo fotográfico sobre Juilio de Moraes entre em contato...
e-mail:
pedropantoja_senac@yahoo.com.br
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