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segunda-feira, janeiro 18, 2010

Eric Rohmer - diretor de cinematográfico



Tinha total domínio em sua narrativa o que se pode chamar de classicismo naturalista, com seus diálogos infindáveis.

Ele foi um dos mais importantes de sua geração no cinema francês, e nos anos 50 cumpriu todos os passos e exerceu a liberdade que permitiam um jovem cheio de ambições intelectuais se tornar um dos grandes diretores da então iniciada Novelle Vogue. Professor de literatura, tornou-se crítico de cinema: feroz e iconoclasta. Tinha bom ciclo de amizade com críticos que logo se tornariam diretores cinematográficos também como François Trufaut, Jean-Luc Godard. Ocupou o cargo de editor-chefe da revista Cahiers du Cinéma.

Rompeu com o academicismo do cinema francês ao fazer filmes sem artifícios. Rohmer teve uma trajetória um tanto curiosa para um egresso de tais fileiras. Tinha total domínio em sua narrativa o que se pode chamar de classicismo naturalista; tinha um olhar privilegiado tanto para composições quanto para cores e fazia questão que os filmes fossem lindos, gostava mesmo de beleza, e isso tinha início na beleza feminina. Era fascinado pelo tema: homens e mulheres se encontram. E, tudo começava em um olhar e embarcam na aventura perigosa do romance.

Ele colocava o nú para plateia dotado de suas falhas a partir de a 'Colecionadora,1967', ele já mostrava ao que veio tornando-se preferido do público mais pensante que se deleitavam com seus enredos sagazes e delicados. Foi diretor de bons filmes como ‘Minha Noite com Ela’, ‘O Amor na Tarde’, ‘Pauline na Praia’, ‘A Mulher do Aviador’, ‘O Joelho de Claire’ e o ‘Rato Verde’. Rohmer faleceu dia 11/01/2010, aos 89 anos, em Paris. A família e seu agente preferiram não revelar a causa de sua morte.

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