Astros de Hollywood recebiam fortunas para promover o tabagismo e a ‘malvada’ Bette Davis, foto, está entre os que mais promoveu.
As fabricantes de cigarro pagavam altas cifras aos astros e estrelas de Hollywood que promovessem seus produtos. Documentos que foram utilizados em processos judiciais, agora liberados pela indústria e grupos de combate ao tabagismo revelam a relação entre empresas e os estúdios de produção cinematográfica. Entre os astros mais procurados estão Clark Gable, Bette Davis, Cary Grant, Spencer Tracy, Joan Crawford, John Wayne e Betty Grable. Eles teriam recebido muito dinheiro para promover o tabagismo, segundo pesquisadores da Universidade de Nova York. Somente uma empresa chegou a pagar mais de US$ 3 milhões, valores de hoje, em um ano para as estrelas. Os pesquisadores chegam a afirmar em artigo para a revista Tobacco Control, que filmes "clássicos" das décadas de 30, 40 e 50 ainda até hoje ainda ajudam a promover o fumo. Quase todos os grandes nomes artísticos da época estavam envolvidos no merchandising de cigarros. Ainda de acordo com os pesquisadores da Universidade de Nova York, que tiveram acesso a contratos de merchandising assinados na época para ajudá-los no cálculo do montante de dinheiro envolvido até os dias atuais.
'’Os astros e o cigarro'
Existem acordos que datam do começo da era do cinema falado, 1925. Al Jolson, astro de O Cantor de Jazz {Jazz Singer}, assinou testemunhos dizendo que Lucky Strike era "o cigarro dos atores". Mais documentos dão conta dos contratos entre fabricantes de cigarros e atores hollywoodianos. Documentos-chave descobertos, uma lista de pagamentos por um único ano no final da década de 30, detalha o quanto eles eram pagas pela American Tobacco, a fabricante da Lucky Strike. Mirna Loy, Carole Lombard e Barbara Stanwyck receberam US$ 10 mil - equivalente a quase US$ 150 mil hoje-, para promover a marca. O mesmo ocorreu com Robert Taylor, Clark Gable, Gary e Gary Cooper. No total, os atores receberam o equivalente a US$ 3,2 milhões, em dinheiro atual. Até mesmo programas de rádios chegaram a ser encomendados aos estúdios que incluíam a promoção feita por suas estrelas. A Warner Brothers recebeu da American Tabacco, o equivalente a US$ 13,7 milhões por ‘Your Hollywood Parade’, em 1937, e também patrocinou The Jack Benny Show em meados da década de 40 a 50. No programa de Benny, está o depoimento da estrela Lauren Bacall. Porém, Bette Davis foi a artistas mais bem paga para promover o fumo.
Efeito longo
Segundo os pesquisadores, que foram liderados por Stanton Glantz, afirmaram que os efeitos dos milhões investidos pela indústria do tabaco em Hollywood ainda podem ser sentidos hoje, apesar de uma recente proibição imposta pela própria indústria do cinema à promoção do tabagismo em filmes. Eles disseram também que as imagens ligadas ao ato de fumar incluídas nos filmes podem influenciar os jovens fazendo-os adotar o vício. Uma ONG britânica chamada ASH, que é contra o tabagismo, informou por telefone à Formas&Meios " imagens ligadas ao hábito de fumar não podem ser excluídas totalmente, mas podem haver alertas mais diretos antes da exibição do filme que contenha cenas com o hábito". (Francisco Martins/Fausto Visconde )
As fabricantes de cigarro pagavam altas cifras aos astros e estrelas de Hollywood que promovessem seus produtos. Documentos que foram utilizados em processos judiciais, agora liberados pela indústria e grupos de combate ao tabagismo revelam a relação entre empresas e os estúdios de produção cinematográfica. Entre os astros mais procurados estão Clark Gable, Bette Davis, Cary Grant, Spencer Tracy, Joan Crawford, John Wayne e Betty Grable. Eles teriam recebido muito dinheiro para promover o tabagismo, segundo pesquisadores da Universidade de Nova York. Somente uma empresa chegou a pagar mais de US$ 3 milhões, valores de hoje, em um ano para as estrelas. Os pesquisadores chegam a afirmar em artigo para a revista Tobacco Control, que filmes "clássicos" das décadas de 30, 40 e 50 ainda até hoje ainda ajudam a promover o fumo. Quase todos os grandes nomes artísticos da época estavam envolvidos no merchandising de cigarros. Ainda de acordo com os pesquisadores da Universidade de Nova York, que tiveram acesso a contratos de merchandising assinados na época para ajudá-los no cálculo do montante de dinheiro envolvido até os dias atuais.
'’Os astros e o cigarro'
Existem acordos que datam do começo da era do cinema falado, 1925. Al Jolson, astro de O Cantor de Jazz {Jazz Singer}, assinou testemunhos dizendo que Lucky Strike era "o cigarro dos atores". Mais documentos dão conta dos contratos entre fabricantes de cigarros e atores hollywoodianos. Documentos-chave descobertos, uma lista de pagamentos por um único ano no final da década de 30, detalha o quanto eles eram pagas pela American Tobacco, a fabricante da Lucky Strike. Mirna Loy, Carole Lombard e Barbara Stanwyck receberam US$ 10 mil - equivalente a quase US$ 150 mil hoje-, para promover a marca. O mesmo ocorreu com Robert Taylor, Clark Gable, Gary e Gary Cooper. No total, os atores receberam o equivalente a US$ 3,2 milhões, em dinheiro atual. Até mesmo programas de rádios chegaram a ser encomendados aos estúdios que incluíam a promoção feita por suas estrelas. A Warner Brothers recebeu da American Tabacco, o equivalente a US$ 13,7 milhões por ‘Your Hollywood Parade’, em 1937, e também patrocinou The Jack Benny Show em meados da década de 40 a 50. No programa de Benny, está o depoimento da estrela Lauren Bacall. Porém, Bette Davis foi a artistas mais bem paga para promover o fumo.
Efeito longo
Segundo os pesquisadores, que foram liderados por Stanton Glantz, afirmaram que os efeitos dos milhões investidos pela indústria do tabaco em Hollywood ainda podem ser sentidos hoje, apesar de uma recente proibição imposta pela própria indústria do cinema à promoção do tabagismo em filmes. Eles disseram também que as imagens ligadas ao ato de fumar incluídas nos filmes podem influenciar os jovens fazendo-os adotar o vício. Uma ONG britânica chamada ASH, que é contra o tabagismo, informou por telefone à Formas&Meios " imagens ligadas ao hábito de fumar não podem ser excluídas totalmente, mas podem haver alertas mais diretos antes da exibição do filme que contenha cenas com o hábito". (Francisco Martins/Fausto Visconde )
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