Mais manequim que estrela, mais princesa que atriz, Audrey afastou-se por um bom tempo das badalações hollywoodianas para ser única e tão somente esposa, dona de casa e mãe.
Audrey retornou às telas em "Robin e Marian", ela ainda lembra a doce e tranquila garota de "A Princesa e o Plebeu", seu maior sucesso. Após muitos anos afastada das badalações e de Hollywood, casada desde 1969 com o psiquiatra italiano Andrea Dotti, Aydrey Hepburn repentinamente voltou ao noticiário cinematográfico internacional. Foi vista em Los Angeles na entrega do Oscar e participou da festa relembrando os velhos tempos de Hollywood.
Esteve em Nova York para a estréia de "Robin e Marian", seu filme de retorno após 8 anos afastada das câmaras e encontrou sua amiga Elizabeth Taylor na platéia de um teatro novaiorquino. Por coincidência, ambas decidiram na mesma noite, assistir a mesma peça na Brodway. Como está hoje Audrey Hepburn em seu glorioso retorno? Quando sorri, ela lembra ainda aquela doce garota tranquila de "A princesa e o plebeu", que fez todo mundo comentar: "É muito alta, muito ossuda e tem pés grandes demais para se tornar uma "star".
Desde aquela data já se passaram 20 anos, houve dois casamentos, dois filhos nasceram e foi candidata ao "Oscar" pelo menos por cinco vezes. Mas para Audrey Hepburn o tempo parece parado, conservando-lhe quase intacta a pureza, a espontaneidade e o sorriso. Logo a estaremos vendo na tela, após oito anos de ausência, no papel de Lady Marian, a mulher de Robin Hood, o legendário arqueiro da Floresta de Sherwood.
"Robin e Marian", dirigido pelo inglês Richard Lester, não é a história tradicional do herói que todo mundo conhece, seja de revistas ou de filmes anteriores. O filme começa com o retorno de Robin das Cruzadas, dezoito anos depois da data em que todos os filmes já feitos ou histórias escritas terminaram. "Eu não quis aceitar o papel de uma mulher de 46 anos, que é a minha idade", declarou Andrey recentemente em uma entrevista.
"No entanto é uma história poética e a minha participação é muito bonita. Quanto ao que seja ou não real, não sei. O que sei foi baseado em documentos sobre um célebre renegado, um certo Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Assim como existe uma balada que fala de sua amada Marian, que tornou-se abadessa de um convento. Mas, segundo minha opinião, o fato mais interessante é que se trata da história de um grande amor que durou a vida toda." Audrey sorri quando lhe perguntam o que sente ao retornar ao cinema.
"Não gosto de falar de "retorno", pois na realidade eu jamais abandonei o cinema e não tenho nenhuma intenção de abandoná-lo. Só estive ocupada com outras coisas. Nestes oito anos, para mim, o que mais importava era minha casa, meu marido e meus filhos. Sempre desejei fazer outro filme, mas não havia tido nem tempo e nem ocasião para isso." Em "Robin e Marian", ao lado de "Sabrina" está Sean Connery nas vestes do protagonista, um Robin Hood cinquentão. Além dele, Robert Shaw (de "Tubarão") Richard Harris e Nicol Williamson. Na direção, Richard Lester permitiu a todos, como sempre, serem espontâneos e dar sugestões, a ponto de rodar cenas novamente a pedido dos atores. E para Audrey Hepburn, acostumada em Hollywood do "passado", o inicio desta experiência foi um choque. "No fim acaba sendo sempre produto do diretor", disse ela.
Porte de princesa
Audrey Hepburn nasceu em Bruxelas, Bélgica, em 1929. A mãe era van Heemstra (não é surpresa a origem nobre de Audrey), que realmente tem porte de princesa de origem judia, e embora o pai fosse inglês de origem irlandesa, a família teve problemas sérios durante a ocupação nazista e precisou se refugiar no underground. Um meio irmão de Audrey (que é filha única) foi mandado para o campo de concentração. "Ficávamos sem ter o que comer durante tantos dias que eu emagreci até ficar anêmica", lembra ela, mas não gosta de falar no assunto: "foi há muito tempo e estou certa de que já passei por outros períodos mais difíceis na minha vida. O superficial não é importante, as experiências mais profundas é que me formaram. Basicamente, tudo que acontece na vida é essencial, mas o que conta é a experiência, as atitudes que sou capaz de tomar depois".
Sobre o personagem do filme, Audrey explica: "É uma heroína que ficou em casa e envelheceu. Isto é normal, acontece com todo mundo. Os heróis se cansam, envelhecem, cometem erros, fracassam e um belo dia morrem. Muita gente me pergunta por que tomei este risco de voltar ao cinema depois de tanto tempo. Eu sei que é um risco, mas faz parte da vida, a gente tem que escolher, optar, enfrentar, e estar preparada para sair perdendo também. Não gosto de preparar os resultados das coisas, não sou rígida a este ponto, mas sei o que estou arriscando, minha vida nem sempre foi a de Sabrina, tive decepções, como todo mundo. Mas tive menos do que se tivesse arriscado em coisas impossíveis de ganhar. No momento não sei dizer se vou fazer outro filme, não tenho planos futuros. Tudo depende de ofertas que não interfiram na minha vida particular." A atriz faleceu em 1993. Artigo Recuperado: [Francisco Martins / Fausto Visconde
Desde aquela data já se passaram 20 anos, houve dois casamentos, dois filhos nasceram e foi candidata ao "Oscar" pelo menos por cinco vezes. Mas para Audrey Hepburn o tempo parece parado, conservando-lhe quase intacta a pureza, a espontaneidade e o sorriso. Logo a estaremos vendo na tela, após oito anos de ausência, no papel de Lady Marian, a mulher de Robin Hood, o legendário arqueiro da Floresta de Sherwood.
"Robin e Marian", dirigido pelo inglês Richard Lester, não é a história tradicional do herói que todo mundo conhece, seja de revistas ou de filmes anteriores. O filme começa com o retorno de Robin das Cruzadas, dezoito anos depois da data em que todos os filmes já feitos ou histórias escritas terminaram. "Eu não quis aceitar o papel de uma mulher de 46 anos, que é a minha idade", declarou Andrey recentemente em uma entrevista.
"No entanto é uma história poética e a minha participação é muito bonita. Quanto ao que seja ou não real, não sei. O que sei foi baseado em documentos sobre um célebre renegado, um certo Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Assim como existe uma balada que fala de sua amada Marian, que tornou-se abadessa de um convento. Mas, segundo minha opinião, o fato mais interessante é que se trata da história de um grande amor que durou a vida toda." Audrey sorri quando lhe perguntam o que sente ao retornar ao cinema.
"Não gosto de falar de "retorno", pois na realidade eu jamais abandonei o cinema e não tenho nenhuma intenção de abandoná-lo. Só estive ocupada com outras coisas. Nestes oito anos, para mim, o que mais importava era minha casa, meu marido e meus filhos. Sempre desejei fazer outro filme, mas não havia tido nem tempo e nem ocasião para isso." Em "Robin e Marian", ao lado de "Sabrina" está Sean Connery nas vestes do protagonista, um Robin Hood cinquentão. Além dele, Robert Shaw (de "Tubarão") Richard Harris e Nicol Williamson. Na direção, Richard Lester permitiu a todos, como sempre, serem espontâneos e dar sugestões, a ponto de rodar cenas novamente a pedido dos atores. E para Audrey Hepburn, acostumada em Hollywood do "passado", o inicio desta experiência foi um choque. "No fim acaba sendo sempre produto do diretor", disse ela.
Porte de princesa
Audrey Hepburn nasceu em Bruxelas, Bélgica, em 1929. A mãe era van Heemstra (não é surpresa a origem nobre de Audrey), que realmente tem porte de princesa de origem judia, e embora o pai fosse inglês de origem irlandesa, a família teve problemas sérios durante a ocupação nazista e precisou se refugiar no underground. Um meio irmão de Audrey (que é filha única) foi mandado para o campo de concentração. "Ficávamos sem ter o que comer durante tantos dias que eu emagreci até ficar anêmica", lembra ela, mas não gosta de falar no assunto: "foi há muito tempo e estou certa de que já passei por outros períodos mais difíceis na minha vida. O superficial não é importante, as experiências mais profundas é que me formaram. Basicamente, tudo que acontece na vida é essencial, mas o que conta é a experiência, as atitudes que sou capaz de tomar depois".
Sobre o personagem do filme, Audrey explica: "É uma heroína que ficou em casa e envelheceu. Isto é normal, acontece com todo mundo. Os heróis se cansam, envelhecem, cometem erros, fracassam e um belo dia morrem. Muita gente me pergunta por que tomei este risco de voltar ao cinema depois de tanto tempo. Eu sei que é um risco, mas faz parte da vida, a gente tem que escolher, optar, enfrentar, e estar preparada para sair perdendo também. Não gosto de preparar os resultados das coisas, não sou rígida a este ponto, mas sei o que estou arriscando, minha vida nem sempre foi a de Sabrina, tive decepções, como todo mundo. Mas tive menos do que se tivesse arriscado em coisas impossíveis de ganhar. No momento não sei dizer se vou fazer outro filme, não tenho planos futuros. Tudo depende de ofertas que não interfiram na minha vida particular." A atriz faleceu em 1993. Artigo Recuperado: [Francisco Martins / Fausto Visconde
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