Segundo o autor da biografia, Peter Ford, seu pai teve um romance que durou a vida inteira com Maria Schell, sua parceira de vários filmes.
Glenn Ford (1916-2006) já foi considerado um dos astros mais populares do cinema norte-americano. Até mesmo no Brasil. O ator cometeu alguns erros em sua carreira, entre os quais em m vez de privilegiar a qualidade dos filmes que estrelou, preferiu fazer fitas comerciais, de ação, incluindo o gênero faroestes, que logo sairia de moda. Não se preocupou em buscar trabalho com diretores mais importantes ou em projetos sérios. Resumo: acabou sendo menosprezado.
Peter Ford, seu filho mais velho, resolve contar a saga do pai neste livro além de ter lutado durante anos para que a Academia de Artes e Ciências lhe desse um Oscar especial ao astro, por sua atuação em 107 trabalos para cinema e TV. Não se entende muito a relutância da Academia em dar-lhe um Oscar postumo, pois Glen Ford nunca teve uma má interpretação.´Pelo contrário, era eficiente, discreto. Sujeito simpático, e funcionava bem até em comédias como Não Caia n’água Marujo, Tudo começou com um Beijo e The Gazebo/Sem Talento para Matar, ambos com sua amiga de vida toda Debbie Reynolds.
Trabalhou no famoso texto A Casa de Chá do Luar de Agosto, ao lado de Marlon Brando. Dentre os mais importantes trabalhos fez três com o diretor subestimado Delmer Daves: Ao Despertar da Paixão, com Rod Steiger, Galante e Sanguinário, com Van Heflin, e Como Nasce um Bravo/Cowboy, com Jack Lemmon. Passou pelo seriado Cimarron, de Anthony Mann entre outros.
Mas Glen Ford, tem uma filmografia repleta de filmes importantes na carreira, com o excelente diretor Fritz Lang e Gloria Grahame atuou em dois filmes Os Corruptos e Desejo Humano, o clássico Sementes da Violência. Atuou com a MGM, em filmes de prestígio como A Fúria dos Justos/Trial, Melodia Interrompida, com Eleanor Parker, O Irresistível Forasteiro, do seu diretor preferido George Marshall, Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, de Minnelli.Como produtor, em Dama por um Dia, de Frank Capra tendo no elenco Bete Davis. Trabalhou no imortal clássico Gilda (co Rita Hayworth), voltaram a trabalhar juntos em Os Amores de Carmen, Uma Viúva em Trinidad e, já mais maduros, em Dinheiro é a Armadilha (65).
O artista veio ao Brasil para fazer um filme chamado O Americano, a quem o filho dedica um capítulo e as filmagens deveriam acontecer na Vera Cruz de São Bernardo do Campo. "as férias da família foram um desastre, e os pais dele nem estavam mais se falando", conclui Peter. (fm).
Editora: The University of Winconsin Press. 2011.
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