Páginas

quinta-feira, dezembro 27, 2012

Georges Méliès e o cinema


Georges Méliès voltou com força no ano passado. Contribuiu para isso o longa "A Invenção de Hugo Cabret", de Martin Scorsese, que retrata sua fase final no cinema

Entre todas as artes o cinema é a única arte que tem dia e hora de nascimento. Embora a projeção que os irmãos Lumière realizaram no Grand Caffé, de Paris, em 28 de dezembro de 1895, culminando em um longo processo, a data ficou para a posteridade.

O cinematógrafo dos Lumière é o marco zero do cinema, mas eles - os irmãos Auguste e Louis - não acreditavam muito em seu invento. Afirmavam que não tinha futuro. Então, o mágico, Georges Méliès, com a sua mítica viagem à Lua, em 1902, afirmasse o potencial do cinematógrafo como máquina para fazer sonhar acordado.
Filme "Viagem à Lua"

Georges Méliès contribuiu, e muito, para isso o longa "A Invenção de Hugo Cabret", de Martin Scorsese, que retrata a fase final do inventor. Depois de produzir mais de 500 filmes, ele foi à falência e é justamente esse período que aparece em "Hugo Cabret".

Antes disso, em maio de 2011, Cannes Classics se antecipara às comemorações dos 110 anos de "Viagem à Lua", exibindo a versão restaurada do filme. Historiadores lembraram que o cinema nasceu realista e documentário com os irmãos Lumière, mas que foi Méliès que lhe deu o formato aventuresco com que é identificado pelo público - e Méliès fez isso pensando no público das feiras populares, que era o seu público, pois ele era mágico.

Méliès foi uma figura fundamental ao cinema, por ter compreendido a natureza das novas técnicas da imagem, e em especial o movimento, em período em que a tecnologia e a ciência estavam mudando, e descortinando horizontes. Georges Méliès intuiu o valor da montagem, antecipando-se a David W. Griffith e a Sergei M. Eisenstein. Não precisa-se dizer  mais nada a seu respeito.

Nenhum comentário: