Eleito pelo American Film Institute como a maior estrela masculina do cinema norte-americano de todos os tempos, a imagem de Humphrey Bogart (1899-1957) é marcada pelo linguajar cínico, os trejeitos de durão e o inseparável cigarro.
Esse tipo inesquecível encarnado pelo ator durante a era de ouro dos estúdios de Hollywood combinou-se com um jeito sedutor que fascinava o público feminino e fez os homens se identificarem.
O antropólogo Luís Felipe Sobral, em seu ensaio Bogart duplo de Bogart, investiga esse ideal de masculinidade personificado pelo ator nova-iorquino nos quatro filmes que marcaram o início de sua carreira: O falcão maltês (de 1941), Casablanca (1942), Uma aventura na Martinica (1944) e À beira do abismo (1946).
No primeiro dos três capítulos que compõem o livro, o autor relaciona a consolidação de Bogart em Hollywood e sua conquista da categoria “estrela de cinema” em O falcão maltês com a cultura visual do cinema clássico. O segundo capítulo parte do triângulo amoroso de Casablanca, descreve o impacto da Segunda Guerra Mundial em Hollywood na persona de Bogart e ainda mostra como o filme foi pautado de forma religiosa para moldar sua mensagem política.
O último capítulo revela como a chegada da novata Lauren Bacall, dona de uma insolência capaz de conquistar Bogart dentro e fora das telas, garantiu-lhe sua estabilidade na indústria cinematográfica e forneceu a Bogart o último elemento que faltava para completar sua persona: o par romântico. MAIS
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