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sábado, setembro 19, 2015

Morre Carlos Manga, diretor de cinema e TV

O diretor Carlos Manga morreu nesta quinta-feira (17) aos 87 anos em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, informou o departamento de comunicação da Globo. A causa da morte não foi divulgada pela família.


RIO DE JANEIRO, BRASIL - Com extensa carreira na TV e no cinema, Manga tem no currículo humorísticos como "Chico City", "Os Trapalhões" e "Zorra Total", além de minisséries, novelas e programas de auditório. Como cineasta, ele dirigiu 32 filmes e é considerado um dos grandes diretores de chanchada do cinema brasileiro, tendo trabalhado com os atores Oscarito e Grande Otelo.
Manga começou a trabalhar na televisão nos anos 1960, a convite de Chico Anysio, na antiga TV Rio. Em seguida ele foi para a TV Excelsior, onde chegou a ser diretor geral. Já na TV Record, de São Paulo, trabalhou com profissionais como Manoel Carlos e Jô Soares. Ele também se apresentou no Prêmio Roquette Pinto, fazendo imitações do cantor norte-americano Al Johnson.
Sua trajetória na Globo começou em 1980. Na emissora, Manga dirigiu a segunda versão do humorístico "Chico City" e também "Os Trapalhões". Na década de 1990, ele tornou-se diretor artístico de minisséries e foi responsável por produções como "Agosto" (1993), "Memorial de Maria Moura" (1994) e "Engraçadinha...Seus Amores e Seus Pecados" (1995). Como diretor de núcleo, Manga coordenou duas novelas: "Anjo Mau" (1997), adaptação da obra de Cassiano Gabus Mendes feita por Maria Adelaide Amaral, e "Torre de Babel" (1998), de Silvio de Abreu.
Carreira no cinema: 32 filmes

Manga dirigiu clássicos da chanchada como "Nem Sansão Nem Dalila" (1954), "Matar ou Correr" (1954) e "O Homem Sputnik" (1959). Nos anos 70, ele morou na Itália, onde conheceu a Cinecittá e Federico Fellini, seu grande ídolo. Manga trabalhou informalmente com Fellini, assistindo o italiano a dirigir o longa "Amarcord", em 1973. De volta ao Brasil, ele escreveu, produziu e dirigiu o longa "O Marginal", estrelado por Darlene Glória e Tarcísio Meira, e que foi inspirado nos ensinamentos aprendidos com Fellini. Seu último filme foi "Os Trapalhões e o Rei do Futebol" (1986), produção co-estrelada por Pelé. (Francisco Martins). 

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