Sua beleza desperta a atenção de diretores e produtores tanto de cinema quanto de teatro
Maria Antonieta Portocarrero Thedim nasceu em 23 de agosto de 1922, no Rio de Janeiro, em família de militares. Formada em educação física, casa-se com o artista plástico e diretor de cinema Carlos. Ao voltar, estreia aos 25 anos no filme Querida Suzana, de Alberto Pieralise, ao lado de Anselmo Duarte, Nicette Bruno e da bailarina Madeleine Rosay. Na fita, sua beleza desperta a atenção do diretor Fernando de Barros que a convida para dois outros filmes: Caminhos do Sul (1949) e Perdida pela Paixão (1950). O cinema é o primeiro palco da estrela.
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Separada de Thiré, desenvolve com o diretor e ator italiano Adolfo Celi uma relação profunda não só no campo afetivo, mas também no profissional. Em 1955 o casal mais Paulo Autran formam a Companhia Tônia-Celi-Autran, que estreia, em 1956, Otelo, de Shakespeare, dirigida por Celi. Na década de 60, ingressa na televisão a convite do autor Vicente Sesso para fazer na TV Excelsior Sangue do Meu Sangue, ao lado de Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco, com direção de Sergio Britto. Na Globo participa de Pigmaleão 70, O Cafona, O Primeiro Amor, entre muitas produções.
Em 1967 despoja-se da imagem sofisticada e mergulha no universo de Plínio Marcos em A Navalha na Carne. Ao lado de Emiliano Queiroz e Nelson Xavier, e sob a direção de Fauzi Arap, vive a prostituta Neuza Suely. Uma montagem que incomoda a ditadura militar, e torna-se um dos espetáculos mais aplaudidos da temporada, além de divisor de águas em sua carreira. A atriz é matriarca de uma família de artistas: além do filho, o ator Cecil Thiré, netos e bisnetos propagam a descendência pelo mesmo ofício. Diva e dama, é referência de beleza, inteligência e talento na história do teatro brasileiro. (Francisco Martins \ Funarte).
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