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sexta-feira, abril 28, 2017

"O Caminho do Arco-iris" com Frede Astaire e Tommy Steele

Distante de suas glamourosas vestes, o smoking, Frede Astaire aparece maltrapilho e dançando como ninguém. 



Baseado em show de E.Y Harburg, Burton Lane e Fred Saidy, de 1947, "O Caminho do Arco-Íris" pretendia ser sátira das atitudes raciais contra irlandeses e negros _o que era considerada ousado demais para ser filmado antes de 1968. Filme apresenta Fred Astaire, Petula Clark e Tommy Steele em atuações maravilhosas.

Indicado ao Globo de Ouro (melhor comédia ou musical, ator, atriz, coadjuvante e revelação ) e Oscar de som e trilha musical adaptada, o filme apresenta outro problema, que é o elenco de apoio, formidável, particularmente na escolha do galã (Don Francks, que parece estar de peruca) e a menina muda, vivida pela dançarina Barbara Hancock (que nunca mais fez outro filme). A fotografia e as canções, ao menos, são bonitas, como "Look to the Rainbow", "How Are Things in Glocca Morra", "Old Devil Moon" e "If This isn't Love". 

"O Caminho do Arco-Íris" foi realizado após o fim da chamada "era de ouro" do gênero, com Fred Astaire já com idade avançada para a atividade. Foi seu último musical, aliás, além de ser realizado por um cineasta então jovem, que nada tinha a ver com o gênero: Francis Ford Coppola, que depois admitiu que não sabia enquadrar dança, a ponto de cortar os pés de Astaire nas cópias em 70 milímetros. Por isso, trata-se de uma confusão excessivamente longa, de humor esquisito e datado

A edição ganha mérito na apresentação feita por Francis Ford Coppola, legendada, que explica com sinceridade as razões para fazer este filme _sua primeira produção para um grande estúdio.

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