Páginas

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Isaura Bruno: de cozinhaira à estrela da TV

Adepta de uma gafieira, Isaura Bruno encontrou sua sorte no salão de baile e teve um fim duvidoso. Mas, na arte foi mestra.
Ênio Gonçalves e Isaura Bruno " O Direito de Nascer"

Nascida na cidade de Jaú, interior paulista em 1924, migrou para capital em 1936 com o destino de trabalhar como doméstica para os abonados Pacheco de Almeida Prado, no ex-bairro nobre de Campos Elyseos, região central. Porém , Isaura não era muito de ficar em casa não. Era chamada pé de valsa, melhor, de gafieira. Em um destes bailes encontrava-se o galã da época Walter Foster, que filmava "Luar do Sertão". Então, inesperadamente Foster convidou uma cozinheira para participar da película e, mediante a negativa, indicou Isaura Bruno.

Filme "Luar do Sertão"

Filme "Luar do Sertão
Papel pequeno mas marcante que lhe valeria convites para outros pequenos papéis em programas de rádio, principalmente na rádio Tupi. No ano de 1952 se rodou a primeira novela no país, A Muralha, texto de Dinah Silveira de Queirós, com direção de Silveira Sampaio, isso na TV record, e Isaura estava lá. Neste período surgiu a chance de trabalhar em um clássico nacional, Simão, O Caolho, ao lado de (titia) Raquel Martins, Agostinho dos Santos e direção de Humberto Cavalcanti.

Sua estrela aliada ao talento começa a brilhar. O convite para fazer tia Anastácia, em Sítio do Picapau Amarelo, e ao mesmo tempo, apresentava o programa na TV Paulista, Alegria de Cozinhar, ao lado de Helena Sangiradi, de 1959 a 1962.

Na TV

Sua personagem mais marcante foi como mãe Dolores, em O Direito de Nascer, que mimava e cuidava da educação de Albertinho Limonta (vivido por Ênio Gonçalves). Isso na TV Tupi, novela esta que deslanchou sua carreira. Sua última novela foi na Globo A Cabana do pai Thomaz.
No cinema participou de aproximadamente dez filmes exemplo na década de 1960 "O Jeca e a Freira", O Vendedor de linguiça" (primeiro filme colorido de Mazzaropi). A viúva Virgem, a Marcha ( ao lado de Pelé), e O incrível seguro de castidade.

No teatro, fez Macaquito delegado, que ficou em cartaz por mais de cinco anos, além de ter participado do grupo de teatro União.

Ela era figura presente no Almoço com as Estrelas, apresentado por Lolita e Ayrton Rodrigues, participou do programa do Chacrinha como jurada. Quem quisesse ver gente de teatro, de televisão, era só chegar ao restaurante Jeca, confluência das avenidas São João e Ipiranga, centro de São Paulo. Lá, provavelmente veria Isaura Bruno, como também a veria no Parrerinha, na Rua General Jardim, e a famosa feijoada à meia-noite.

Isaura Bruno, como toda pessao publica que some, gera curiosidade. Muitos foramos rumores de que teria tido um fim não muito dígno de sua personalidade e capacidade. Teria findado seus dias vendendo paçoca na Praça da Sé. Muitos afirmam isso, apesar da negativa de sua filha de criação Penha Marise. Uma coisa é certa, ela não morru como indigente pois portava documentos. A atriz morreu em 2 de maio de 1977. (R.I.P.) Fotos: reprodução jornal Folha da Noite. (francisco martins).

RAQUEL Martins: http://cinemetro.blogspot.com/2011/02/raquel-martins.html

2 comentários:

Jefferson C. Vendrame disse...

Artigo Muito Interessante, Adoro visitar esse Blog,acho esse espaço muito especial e sempre nos traz matérias sobre assuntos e artistas muita das vezes até desconhecidos, fora do cinema tão massificado como vemos por ai,

Parabéns pela pagina, abração

ANTONIO NAHUD disse...

Que fim triste... ela não merecia.

O Falcão Maltês