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terça-feira, julho 17, 2012

Abílio Pereira de Almeida

Abílio Pereira de Almeida nasceu na capital paulistana em  1906, foi um autor e produtor brasileiro, um dramaturgo identificado com a alta burguesia paulistana, classe que retrata em tom satírico na maioria de suas criações de comédia de costumes. é o autor nacional mais montado pelo Teatro Brasileiro de Comédia.

Breve biografia

Formado em direito pela Universidade de São Paulo, USP, participa como ator de montagens beneficentes sob direção de Alfredo Mesquita. Frequentador da Livraria Jaraguá, foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Experimental, GTE, também comandado por Júlio Mesquita, em 1943. Com essa equipe monta seu primeiro texto, Pif-Paf, em 1946.

A partir de 1949 toma parte ativa na organização do TBC, como diretor secretário e, igualmente, na companhia cinematográfica Vera Cruz, outra iniciativa sob os auspícios do empresário Franco Zampari. Isso talvez explique porque ele tenha sido o autor nacional mais presente no repertório da companhia da Rua Major Diogo, responsável por alguns dos êxitos econômicos da empresa. Entre essas criações destacam-se Paiol Velho, com direção de Ziembinski, em 1951 - Santa Marta Fabril S. A., dirigido por Adolfo Celi, em 1955 e Rua São Luís, 27 - 8º Andar, em 1957.
Abílio realiza a maior parte de suas criações para fora do TBC. Moral em Concordata, cujo tema do adultério e da dissipação de costumes volta a reinar é levada com sucesso em 1956 pela companhia de Maria Della Costa, com produção de Sandro Polloni. Em O Comício, de 1955, pela Companhia Nydia Licia-Sergio Cardoso, o autor lança-se sobre a corrupta vida de um candidato. Alô...36-5499, um pesado dramalhão, é montagem de Antunes Filho para o Pequeno Teatro de Comédia, em 1958. A peça tem montagem de grande sucesso na Argentina, onde recebe o nome de Deliciosamente Amoral.

Com produção do próprio autor são encenados: O Bezerro de Ouro, em 1961, Círculo de Champagne, em 1964, Licor de Maracujá, em 1966\ Clube da Fossa, em 1968 e o infantil Independência ou Morte, em 1972.

Ele deixa inédito Os Donos da Verdade, uma crítica ao `poder jovem` que emerge em 1968 e um inacabado livro de memórias, denominado Confissões de Um Anjo de Guarda. Abílio Pereira de Almeida morreu na capital paulistana em 1977.

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