Lançada na Itália por Paolo Sorrentino, a cinebiografia de Berlusconi regrada a Sexo e drogas
Riccardo Scamarcio, intérprete de Berlusconi |
O célebre cineasta italiano Paolo Sorrentino, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013 com "A grande beleza", lançou esta terça-feira,26, na Itália seu mais recente filme, e s se trata do fanfarrão ex-primeiro ministro da país, Silvio Berlusconi, onde mostra um retrato decadente de um mundo obsessivo por sexo e drogas.
O filme é dividido em duas partes -a segunda estreará na Itália no dia 10 de maio -, o filme "Loro" (Eles: tradução livre), ilustra uma sociedade italiana imoral e ambiciosa, e é centrado no período que vai de 2006 a 2011, quando o primeiro ministro Berlusconi costumava organizar nas suas mansões festas com belas mulheres, muitas delas prostitutas.
A película descreve, com precisão, uma época de escândalos sexuais e judiciais protagonizados pelo político milionário. Sexo, drogas e prostituição transformam-se numa cultura de massas e no passaporte para chegar aos salões do poder e à riqueza.
O primeiro filme foi em parte inspirado na história do empresário Gianpaolo Tarantini, interpretado pelo ator italiano Riccardo Scamarcio. "Loro" retrata com o olhar de Sorrentino a sociedade "berlusconiana" e resulta numa alegoria desconcertante do poder, de como ele encanta e engana. "Sou italiano e quero fazer um filme sobre os italianos. Berlusconi é um arquétipo da 'italianità' e, através dele, pode contar-se como são os italianos", comentou Sorrentino há alguns dias.
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