Páginas

domingo, agosto 12, 2012

O Conto do Vigário: Direção: Kleber Afonso


O ano era 1984 e dois nomes frequentavam as páginas das revistas e jornais, além dos programas de rádios e TV's, eram eles Barros de Alencar e Nalva Aguiar.


O chamado “filme sertanejo” gênero que levava espectadores aos cinemas se utilizava de nomes de sucesso para estrelar suas películas, sendo que, os dois primeiros tiveram como protagonista o ex-coração de papel, Sérgio Reis, em "O Menino da Porteira" e Mágoas de Um Caboclo", com boa bilheteria. Uma figura extraordinária ,o ator Kleber Afonso, resolveu investir no seguimento e escolheu nomes estourados no rádio e TV, o radialista, cantor e apresentador de televisão Barros de Alencar e a cantora mineira Nalva Aguiar.

Como o inferno está cheio de boas intenções, os ídolos não corresponderam em bilheteria à fama que seus nomes indicavam., resultado infímo. Serviu de lição ao ótimo comediante, Kleber Afonso que abandonou de uma vez por toda a ideia de fazer filmes.

Com montagem de Máximo Barros, O Conto do Vigário, teve duas versões devido problemas com a Censura, sendo que, a que foi ao cinema foi de Barros. Acredita-se que pela primeira vez a Censura protegeu o povo de uma coisa tão ruim, e não por conter material subversivo ou erótico.

Uma fita adquirida mostra a falta de argumento, direção e atuações amadoras. A tentaiva era fazer im filme com diálogos para as crianças, como os filmes da Xuxa. As salas onde o filme foi exibido “O Conto do Vigário” era programado nas matinês. O dinheiro arrecadado não pagou 1\3 do filme, e deixou Kleber Afonso em apuro financeiro. SOBRE Kleber Afonso: http://formasemeios.blogs.sapo.pt/505739.html

Um comentário:

João Carlos disse...

Este cinema, no início dos anos 90, tentou voltar à programação normal - não pornográfica. Lembro-me que nesta época assisti ali ao filme "Hook - A volta do Capitão Gancho". A lembrança que ficou, é de uma sala com um pé direito baixo, boa visibilidade, e uma ótima imagem, extremamente nítida e brilhante. Uma pena que fechou...