Seus cinco longas-metragens, entre 1967 e 1998, são uma crônica, quase contínua, da URSS e particularmente dos anos estalinistas.
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Morreu na quinta-feira, 21, o cineasta russo Aleksei German que estava hospitalizado, em coma, desde Novembro passado, padecendo de vários hematomas cerebrais na sequência de uma queda provocada por uma crise cardíaca.
Sua projecção internacional foi muito limitada do que a de Aleksandr Sokurov ou dos irmãos Mikhalkov-Konchalovski (Andrei e Nikita). Até mesmo na Europa suas obras foram pouco apresentadas,em Portugal, por exemplo, nunca estreou nenhum filme dele no circuito comercial, e o que se viu viu-se na televisão, na Cinemateca, eventualmente em festivais.
Seus cinco filmes são uma crónica, quase contínua, da URSS e particularmente dos anos estalinistas. O primeiro "O Sétimo Companheiro", aborda o período do “terror” em que revolução descambou. O segundo (Julgamento na Estrada) e o terceiro (Vinte Dias sem Guerra), focam a “Grande Guerra Patriótica” muito para além das mitologias oficiais. O Meu Amigo Ivan Lapchine, de 1984, possivelmente a sua obra-prima, mostra os anos 30, nas vésperas da grande purga estalinista, numa luz e num ambiente inspirados em Chekhov. Khrustaliov, o meu carro!, de 1998, o único filme que German estreou depois da URSS, fecha o círculo, centrando-se na paranóia e nas perseguições que se seguiram à morte de Estaline em 1953. Aleksei German nasceu em 1938.
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