O filme conta a história de um explorador (líder de uma expedição de levantamento topográfico na Sibéria) do exército russo, que é resgatado na Sibéria por um caçador nanai (Dersu Uzala) que passa a servir-lhe de guia, dando início a uma forte amizade.
Dersu é um exemplo de humildade e sabedoria, e o filme mostra de maneira poética e sensível as diferenças culturais entre ele e o pesquisador russo. O diretor de fotografia aproveitou ao máximo as imponentes paisagens naturais da Sibéria e as registrou em belas imagens.
Numa das cenas inesquecíveis do filme, Dersu Uzala e o explorador russo se encontram em local aberto, uma estepe, quando uma nevasca os atinge. No frio siberiano (que pode atingir até 60º negativos), o russo se abate, quase que como entregue à morte certa. Dersu o convence a recolher os arbustos da estepe.
Dersu então, continua recolhendo a vegetação rala, que mais tarde se transformará numa pequena cabana, cavada na terra. Uma cena digna das melhores do cinema com relação ao embate entre natureza e sobrevivência. Produção russo-nipônica, de 1975, vencedora do Oscar de Melhor Filme além do prêmio David di Donatello, italiano. (Na foto, o verdadeiro Dersu Uzala fotografado pelo capitão Arseniev em 1902-1907).
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