Crítico de cinema e roteirista de telenovelas, ele estava internado no Hospital Samaritano, em Higienópolis, São Paulo, desde maio, quando sofreu um desmaio num shopping da capital e caiu na escada rolante.
Nascido em Santos, em 1945, Rubens não demorou a se interessar por cinema. Duas revistas o sensibilizaram particularmente: "Filmelândia" e "Cinelândia". Desde os 11 anos, anotou em cadernos cada filme que viu, escrevendo os títulos e as informações básicas. Transitou por áreas distintas — Administração e Direito —, enfrentando, em casa, a oposição a seu desejo de trabalhar com cinema, profissão, contudo, que terminou ajudando no sustento familiar.
O memorialista
Dono de uma memória prodigiosa , ele impressionou milhões de telespectadores, ano após ano, durante a transmissão da cerimônia do Oscar. Para o público brasileiro, uma das grandes atrações do Oscar , além do resultado em si, era conferir a inesgotável cultura cinematográfica de Rubens por meio de comentários não “apenas” enciclopédicos como marcados por tom pessoal inconfundível – conforme evocado no livro “O Oscar e eu” (2003).
Ewald escreveu sobre os lançamentos em salas de cinema e também em vídeo, DVD e TV. Levou seu patrimônio cinematográfico para a Globo, Cultura e o mundo da TV por assinatura (HBO, Telecine, TNT). Esteve à frente de alguns dos mais relevantes festivais de cinema do Brasil – como consultor do Projeto Paulínia Magia do Cinema / Polo de Cinema e curador dos festivais de Gramado e Paulínia.
O roteirista
Fez roteiros de dois filmes: “A árvore dos sexos” (1977), em parceria com Carlos Alberto Soffredini, Eugênia de Domênico e Mauricio Rittner; e “Elas são do baralho” (1977), com Roberto Silveira e Adriano Stuart, dirigidos por Silvio de Abreu. Com ele, aliás, assinou a novela “Éramos seis”, adaptação do livro de Maria José Dupré, exibida no SBT. (Francisco Martins Especial AgênciaFM).
Nenhum comentário:
Postar um comentário